A educação pública somente alavancará quando, de fato, o espírito democrático gradativamente adentrar às escolas, transformando visões unilaterais em multilaterais, atuando não somente no que concerne o pedagógico mas também no que tange a gestão dos recursos financeiros públicos. Afinal, a dimensão pedagógica somente será eivada de sentido quando contextualizada e assegurada mediante recursos que a instrumentalize. (Robélia Aragão)
escola
DICAS: REUNIÃO DE PAIS E MESTRES
A escola deverá validar a participação da família no processo educativo dos alunos. Para tanto, deve, entre tantas atribuições, promover reuniões com os familiares após cada unidade didática. Assim sendo, lanço as seguintes sugestões: a direção deve ficar atenta aos pais, a comunidade educativa, se fazendo sempre presente na escola; Espalhar varais com cartazes dos alunos na escola; enviar documentos/informações aos pais, além de convites para as reuniões; apresentar a escola aos pais, inclusive a proposta pedagógica.
- I UNIDADE DIDÁTICA – recepção aos familiares no portão da escola com a entrega de uma mensagem de boas-vindas; leitura coletiva da mensagem citada; dinâmica de apresentação dos participantes – correio da identificação; apresentação da proposta pedagógica, em slide, aos pais, de forma clara e direta; dinâmica de reflexão; apresentação das normas regimentais, incluindo as atribuições dos alunos, escola e família; resultados da unidade didática;canto coletivo de uma música.
- II UNIDADE DIDÁTICA – abertura da reunião com uma rodada conversa; discussão acerca da perspectiva atual de educação, levando para a mesma, o Índice de Desenvolvimento da Educação – IDEB; apresentação sobre o IDEB – conceito, aplicabilidade e resultados nacional, estadual, muncipal e da escola; resultados da unidade didática.
- III UNIDADE DIDÁTICA – abertura com uma dinâmica de entrosamento – devo, não devo; palestra sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente; aplicação individual de uma enquete sobre o ECA.
- IV UNIDADE DIDÁTICA –aberturacom uma música; palestra sobre valores humanos na escola e na família; construção coletiva de um painel.
ANEXOS
- Correio da Identificação – cada participante deverá se apresentar, eleger outro para observar e destinar palavras de sucesso; Para terminar a mediadora do encontro deverá solicitar um abraço coletivo.
- Painel – na sala de aula poderá ser montado um painel tratando de Valores na Escola. Exemplos: “Recadinhos do Respeito” (os participantes fixam bilhetes para os filhos requerendo a execução de atos de respeito).
- Devo, não devo – cada participante deve expressar por meio de desenhos atitudes coletivas – “devo, não devo”. A mediadora expõe os desenhos e discute-se, a partir daí, as normas de atitudes destinadas ao bem coletivo.
Robélia Aragão
Professora/Coordenadora
Reflexão sobre a Educação pela Paz: uma breve opinião.
*Robélia Aragão
A interiorização da Paz repercute em nossa vida exterior, passamos a combater os conflitos fenomenais externos ao homem: passamos a não aceitar as guerras, atos bruscos ou simbólicos de violência.Todavia, esta interiorização é muito mais que isto, significa que a nossa consciência foi ampliada, podendo ser amadurecida no íntimo de cada ser humano.
Diante disso, desde cedo, a educação deve procurar construir a paz nas escolas. Deve propriciar aos alunos momentos de reflexão e ação, incorporando os valores humanos no currículo, e, ao mesmo tempo, articulando com as instituições sociais uma prática solidária e amorosa. Comcumitantemente, urge a constituição da cultura da paz, envolvendo também a coragem e a doçura, mediante a propagação de uma política educacional pela paz, pautada numa pedagogia multirreferencial e transformadora.
A expectativa disso, afeta a essência dos sujeitos envolvidos que, gradativamente coibirão a prática da violência e defenderão a promulgação da paz. Para tanto, a ruptura da pedagogia da obediência, de submisão pela implantação de outra voltada para a integralidade do homem deverá ser uma diretriz , principalmente, para as escolas.
A humanidade não será ameaçada por aqueles que fazem a maldade, somente será quando os outros permitirem que pratiquem-na.
Bibliografia: NUNES, Clóvis Souza., 1961. Educação pela Paz: um guia para os pais, professores e todos os estudantes da vida. 3ª Edição. João Pessoa, PB. QUALIGRAF, 2003.
*Professora e Coordenadora.
Enquete: Como aproximar a família da escola
EU, DEFICIENTE?!
SEI LER, SEI ESCREVER…
NA ESCOLA
LEIO O MUNDO
ESCREVO A MINHA HISTÓRIA
DO MEU JEITO!
UM JEITO ESPECIAL
QUE SAI DO MEU ÍNTIMO UMA SABEDORIA SEM IGUAL.
MUITOS NÃO A COMPREENDEM
PORQUE AINDA NÃO PERCEBEM QUE O SER HUMANO É SINGULAR.
POSSO NÃO ATENDER AOS PADRÕES IMPOSTOS PELA SOCIEDADE
PORQUE ADMITO QUE SOU SER HUMANO COM FORÇA E VERDADE
NÃO HÁ COMO ESCONDER AS MINHAS LIMITAÇÕES
MAS NO ÂMBITO DO MEU UNIVERSO, AVANÇOS OCORREM, E ISSO GERA EMOÇÕES.
SOU DEFICIENTE, SOU SAUDÁVEL.
NÃO ME IGNORE, ME OLHE!
TRATE-ME COM RESPEITO!
EU MEREÇO!
POSSO PRECISAR DE AJUDA, SE QUISER OFEREÇA.
ACEITAREI E AGRADECEREI
PORQUE NA ESCOLA DA VIDA
HOJE, O DEFICIENTE SOU EU.
AMANHÃ, QUEM SABE?!
ABRA SEU CORAÇÃO,
O AMIGO DEFICIENTE ESTÁ DE BRAÇOS ABERTOS SEM VERGONHA DA SUA REAL SITUAÇÃO:
SOU DIFERENTE, SOU CIDADÃO!
NA ESCOLA POSSO APRENDER CADA VEZ MAIS, SE HOUVER COMPREENSÃO!
AUTORA: ROBÉLIA ARAGÃO DA COSTA
PROFESSORA/COORDENADORA PEDAGÓGICA
OBSERVAÇÃO:
TEXTO POÉTICO APRESENTADO NA JORNADA PEDAGÓGICA: EDUCAÇÃO INCLUSIVA: EU TAMBÉM FAÇO PARTE?, DO MUNICIPIO DE NOVA SOURE – BAHIA, ANO 2012.